29 de out. de 2009

Mais cerveja e kung-fu? Topamos, por que não?





A próxima sexta-feira (30) é um ótimo dia para dançar ska: a banda Extra Stout fará um pocket show na festa Block Rockin Beats, realizada semanalmente na Toy Lounge.

Com residência do já conhecido Thiago DJ, a balada tambem terá hardcore, groove, reggae e breaks.

Quando? Sexta-feira, 30 de outubro, 23h45
Onde? Toy Lounge - Rua da Consolação, 2900
Quanto? R$0 (mulheres com nome na lista até 0h30)/ R$10 (homens com nome na lista e mulheres retardatárias)/ R$12 (atrasados)
Por que? Sai do computador, seu nerd!

27 de out. de 2009

Noche de hermanos

Pela primeira vez desde o início do projeto, a Jamaica Paulistana se dividiu para cobrir diferentes eventos na cidade. No sábado (24), não sabendo da ótima surpresa que teria na Oktobercásper, Nathalie foi só para curtir, mesmo, e sem querer acabou conferindo mais uma banda que manda bem no ska em São Paulo. Confira a resenha.

Enquanto isso, eu, Juliana (a outra moça do blog), me dirigia até o bairro da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte, para um bate papo com Daniel Flores, tecladista da banda argentina Satelite Kingston, sobre o livro de sua autoria La Manera Correcta de Gritar: Ska, 2 tone y rude boys em la Argentina, escrito sobre e com a ajuda daqueles que assistiram e protagonizaram a cena ska em Buenos Aires desde o final da década de 1960 até os dias de hoje.

Bruno Kaskata, criador da gravadora Radiola Records, fazia a tradução simultânea para a meia dúzia de gatos pingados que compareceram no Centro Cultural da Juventude. Ok, pra ser mais justa, sete gatos pingados. O que foi uma pena, já que o repertório parecia realmente interessante. Fazendo um paralelo com o Brasil, Kaskata explicou que por aqui a cena nunca foi muito forte. Desde os tempos da Jovem Guarda, algumas canções e até mesmo versões de ska foram gravadas, mas nenhuma banda assumia o ritmo completamente.

Já éramos ao todo doze gatos pingados, mas o papo precisou acabar. O SK ainda precisava passar o som para o show que faria ali mesmo, às 20h. Mas, como já estava nos meus planos ver o show no Inferno Club, não fiquei para conferir.

A entrada na então casa noturna aconteceu por volta da uma da manhã, e na fila eu já reconhecia algumas personalidades da cena jamaicana de São Paulo. Felipe Pipeta fazia o trabalho de divulgador da OBMJ, entregando flyers [aliás, imperdível: dia 29 é o último show deles no Bleecker St.] para a galera que esperava para entrar no Inferno, e Sérgio Soffiatti fazia um esquenta ali na porta numa roda de amigos.

A casa já estava lotada, e o som variava com batidas de black, funk e rock. Depois de uma passadinha no banheiro, eu tentava tirar com outra moça amiga (que não é do blog) algumas fotos para a posteridade, sem sucesso. A configuração da máquina não estava ajudando. Eis que surge uma figura simpática perguntando em espanhol se poderia fazer a foto. Posamos, clic, “e aí, ficou boa?”. Mais ou menos, respondeu com um sinal. Sinceridade é tudo. Bora tirar outra, então. Ah, essa ficou melhor. Perguntei se ele era da banda, ao que ele confirmou. Ok, gracias, besito.

Em seguida, o show de abertura começou. Os meninos do Radio Ska levantaram a galera tocando covers de Bad Manners, The Clash e The Specials, além das próprias composições. O público dançava conforme o ritmo, misturando elementos do reggae, hard core e punk rock.

Radio Ska - Daniel (baixo), Alan (vocal) e Diego (trompete)
Quando o show acabou, Thiago DJ assumiu a pick up com sua sempre boss selection: Jimmy Cliff, Michael Jackson e, novamente, a música da lambada. Show!
Mas é sempre impossível agradar gregos e troianos. Ou, no caso, jamaicanos e japoneses. Um representante asiático se dirige até a mesa de som com os dedos médios levantados, reclamando com o DJ, e balançando os braços do jeito que a OBMJ tinha nos ensinado. Como curiosidade pouca é bobagem, fui perguntar o que tinha acontecido. Thiago contou que o rapaz queria ouvir mais ska. Paciência, meu filho, deixa o DJ fazer o que ele sabe, porque logo mais vem aí o Satelite Kingston.

Dito e feito. Pouco antes das três da manhã, a banda argentina surge no palco com a inconfundível batida ska. Tá vendo, japonês, reclamar pra quê?
Daniel Flores era o porta voz da banda, sempre conversando com a plateia e levantando a moral de São Paulo. Mui amigo!

Eles abriram o show com Dificultades com las chicas, seguida de Si no sabés, dejá e Plomo al hampa.
A vocalista Areceli só entra no palco na primeira música cantada da banda na noite. Animada, fala o tempo todo com a plateia (mesmo sendo um pouco dificil entender) e balança os braços no ritmo. Dá espaço aos músicos e posta-se do lado do bateirista Daniel Zaltzman nas músicas instrumentadas.

[Adendo: depois do contato com o hermano argentino no episódio da foto, pensei “ah, o cara não deve ser da banda. Deve ser algum rodie, como assim ele estaria por aí na balada, oferencendo favores a muchachas vaidosas?” Bom, a dúvida acabou quando a banda entrou no palco. O chico era nada menos que Alejandro Pribluda, um dos guitarristas, que também atacou de DJ na noite].

Alejandro (truta) e Milton (marido)
Esse foi só mais um ponto a favor dos caras. Som, animação e simpatia nota mil para toda a banda. A energia do Inferno ficou lá em cima a cada acorde detonado. Nem os gritos de “Pelé” e “toca Raul” abalaram. Flores pergunta se gostamos de Buenos Aires. “Sí”, todos respondem. “Pois nós gostamos de São Paulo mais”.
Ah, conquistou!

Gonzalo Santos se aproxima e mostra seus dotes musicais. Na minha cara. Sim, estava no gargarejo, e ele descarregou os dedos na guitarra, agachado no palco, para delírio da galera.
O baixista Milton Alonso era mais contido, mas não perdia no quesito viagem interna na própria música. Balançava no ritmo de seu baixo. Balançou o coração da moça do blog também, devo confessar.

Gonzalo humilhando
A banda se despede de São Paulo, e a gente fica aqui querendo saber quando será o retorno. É mais uma banda que conquista mais uma fã.
Acabada a atração, acabou também a pilha. O cansaço bateu e não fiquei a tempo de ouvir o samba rock fechando a noite, se é que rolou.

[Agradecimentos especiais a Gustavo Moreira pelas fotos!]

24 de out. de 2009

Ska invade a Vila









Vila Madalena, reduto dos novos boêmios de São Paulo. Quem escolheu o Bleecker St. para curtir o happy hour da última quinta-feira (22) não se arrependeu do que encontrou.

A casa, aberta a partir das 22h, começou a encher uma hora depois. Ainda era possível conversar e se fazer ouvir sem aumentar muito a voz. Na seleção do som ambiente, pitadas de reggae, ska e soul do repertório escolhido por Edu Pimenta, dono do clube. Engana-se quem acha que ser empresário é só arrecadar os lucros da noite. Edu circulava pelo local recepcionando os clientes e cuidando de cada detalhe. Um verdadeiro anfitrião.

Entre o público, nove caras engravatados eram vistos quase sempre juntos. Não pareciam executivos curtindo a noite antes de voltar para casa: os trajes tinham peculiaridades indecifráveis aos novos frequentadores das quintas-feiras do clube.

Pouco antes da meia-noite, hora de início do show, a área próxima ao palco já havia sido ocupada pelos mais afoitos em conferir a atração principal. Mesmo ansiosos, eram poucas as pessoas que se arriscavam a dar um ou outro passinho de  dança: seria a música jamaicana novidade para aquelas pessoas? Provavelmente. Confessamos que nessa hora, não vendo nenhuma vitrola perto do DJ, sentimos falta do som que a agulha faz quando toca em um dos discos do Jurassic Sound System.
 
Para ajudar os iniciantes no ritmo caribenho, as imagens de surf do telão atrás do palco deram lugar a um vídeo, digamos, didático: uma breve aula de como dançar ska. O som rompe dos instrumentos e a batida inconfundível começa. É a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana (lembra dos nove caras engravatados? Os próprios).







Clássicos da MPB como Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro, e Águas de Março, de Tom Jobim, são transformadas em ska graças ao poder dos metais de Ruben Marley (trombone e furgel), Felipe Pippeta e Marcelo Cotarelli (ambos em trompete e furgel) que, com a ajuda da dupla de saxofonistas Fernando Bastos e Igor Thomaz, incendiavam a platéia com solos e coreografias. Completam a Orquestra Fabio Luchs (bateria), Rafael Toloi (baixo), Lulu Camargo (teclados) e Sérgio Soffiatti (guitarra e vocais).

O vídeo didático parece não ter sido muito útil - ou nem precisava ser -, já que o público dançava como bem entendia: pulando, chacoalhando, ou girando. Mexer mãos e pés com sincronia parecia ser a menor das preocupações da galera.

Para a dupla que voz fala, o ponto alto da noite foi o cover de A Message To You Rudy, do Specials Dandy Livingstone [Valeu, Caio!]. Fantastic!

Depois de quase duas horas de ska, nossos braços e pernas ora pareciam se mover sozinhos, ora pediam descanso. Mesmo assim, isso não nos impediu de surrupiar a folha com o repertório da banda, que agora repousa, um tanto quanto amassada, na escrivaninha de uma de nós. Guardaremos com muito carinho. Afinal, a OBMJ mandou benzaço.

A curta temporada da Orquestra Brasileira de Música Jamaicana no Bleecker St. termina na próxima quinta-feira (29). Depois, os caras seguem para o Rio de Janeiro e Salvador. Prometem.

21 de out. de 2009

Camisas, meditação, cerveja e kung-fu

O pé d’água que encharcou a cidade durante o último sábado (17) não deu trégua até o início da noite, quando achamos que já era tranquilo sair de casa sem precisar carregar um bote. Nosso destino, mais uma vez, era encontrar o melhor que São Paulo tinha a oferecer em termos de ritmos jamaicanos. Logo que nos encontramos, a influência da última Jamboree era clara: estávamos ambas de camisa, peça de roupa que se provou predominante entre a galera que curte os sons da ilha caribenha.

O veterano Hangar 110 abriu suas portas às 19h para a 1a edição do Ska Stomper Fest, festival que nasce com a proposta de combinar ska, rocksteady e sons brasileiros. Chegamos lá pelas 20h30 e novamente tivemos aquela sensação de 'festinha na casa do amigo': os comentários do nosso já querido Jurássico se faziam ouvir do lado de fora, sinal de que o Jurassic Sound System comandava a mesa de som.


Ah, sim, uma breve pausa: ficamos super felizes quando vimos que os meninos do Y&M reproduziram a resenha que fizemos da 10a Jamboree no blog deles e nos contataram para agradecer. ;)


Depois das formalidades virtuais, fomos bater um papo ao vivo. Greg e Jura (olha a intimidade) eram os únicos do grupo por lá. Não dispensaram gentilezas e se mostraram solícitos com o nosso trabalho, o que só confirmou o acerto na escolha do tema do TCC.

Talvez por ser a primeira edição do festival o número do público presente ainda era tímido, em todos os sentidos. A maioria do pessoal no máximo chacoalhava a cabeça ao som das músicas, o que Jurássico nos definiu como sendo um processo de 'meditação'. Nos sentimos um tanto incomodadas, mas o que algumas doses de álcool não fazem pra que você dance sem se importar com o resto da galera, né?

O festival continuou com o show da banda King Rassan Orchestra. Instrumental, o conjunto não conseguiu empolgar muito o público, que continuou meditando profundamente. Nos telões da casa, imagens de filmes antigos e documentários sobre as origens da música jamaicana esclareciam os mais perdidos no assunto (e também colaboravam para a distração do pessoal com relação ao show).

As cortinas se fecharam e o silêncio imperou entre a diminuta plateia. No escurinho do Hangar, a agulha voltou a tocar em um dos discos do acervo do Jurassic Sound System. [Nathalie humildemente agradece a reprodução de uma - ou seriam duas? - músicas do cantor jamaicano Desmond Dekker.]

Outra levada de early reggae se iniciou, dessa vez comandada pela dupla Masta Blasta Hi-Powa, formada por Thiago DJ e Rev. Denis. No set list, versões em inglês de Llorande se fue, que por aqui também teve sua versão na fatídica lambada dos anos 1990 (confesse que você dançou!) e o clássico Trem das Onze, dos Demônios da Garoa. Mais elementos para a mistureba Brasil-Jamaica.

A última atração era com certeza a mais esperada. De repente, o palco parecia pequeno para acomodar a galera da Extra Stout, que animou o público logo na primeira canção. Pedindo cerveja em vários idiomas, foram prontamente atendidos: várias latinhas foram lançadas na direção dos membros da banda, sem dó nem piedade. Eles cantaram, brincaram, xingaram e conquistaram mais duas fãs com letras irreverentes e, principalmente, com a versão de Kung Fu Fighting, do cantor jamaicano Carl Douglas, o ponto alto da noite. Dançamos, nos descabelamos e cantamos (mal, mas tá valendo).

Depois do show, o samba rock tomou conta da casa. Pelo que percebemos, esse é o código para “vão embora daqui logo”. Ok, não precisa colocar a vassoura atrás da porta, recado entendido.

Numa noite estranha sem meia-noite, dividimos espaço com gente de vários estilos, que só visava curtir um som bacana e dançar sem maiores preocupações. Assim é São Paulo, nossa Jamaica Paulistana.

16 de out. de 2009

Que tal um festival?






No próximo sábado, dia 17, o Hangar 110 será palco da 1ª edição do Ska Stomper Fest. E, já que o Jurassic Sound System será uma das atrações, nós certamente estaremos lá.

Um dos destaques é a King Rassan Orchestra, que além de tocar versões de músicas do Cartola, manda covers de Skatalities e Duke Ellington. Eles também se apresentaram na 1ª edição da Jamboree, então esperamos coisa boa. Outra banda que marcará presença no festival é a Extra Stout, formada pelos ex-vocalistas da extinta Skamoondongos, que mistura ska, soul, funk e pitadas de música brasileira.

Completa a discotecagem a dupla Masta Blasta Hi-Powa, composta por Thiago DJ - que embalou o show de estréia da Orquestra Brasileira de Música Jamaicana - e Rev. Denis, DJ residente da Ska-Funk, festa quinzenal do Inferno Club.

Quando? Sábado, 17 de outubro, 19h
Onde? Hangar 110 – Rua Rodolfo Miranda, 110 – pertinho do metrô Armênia, na Zona Norte
Quanto? R$10 até às 20h. Depois, R$15
Por que? Para ouvir, ver e dançar

12 de out. de 2009

We on a Jamboree (for the first time)

Sabe quando você ouve um som tão forte, mas tão forte, que o seu ouvido fica fazendo 'piii' no dia seguinte? Pois é, foi exatamente isso que nos aconteceu depois da 10ª edição da Jamboree, a festa bimestral organizada pelos meninos da Y&M. O paredão de som dos caras não é só ignorante, é ILEGAL. Mas não nos leve a mal. A gente curtiu. E MUITO. Não só nós duas, mas nossos amigos e toda a galera que tava lá.

A responsa da festa quando o assunto é música jamaicana se reflete na fila: quem chega depois das 23h, hora do início da balada, precisa encarar uma espera de pelo menos vinte minutinhos na porta. Por isso, um drink pra viagem pelo caminho se faz mais do que necessário. Passava da meia-noite e meia quando conseguimos entrar no Centro Cultural Popular Consolação, que já estava cheio. A pista, dominada. Corajosas, fomos para perto do paredão de som do Jurassic Sound System (também formado pelo Y&M) e esquecemos da vida, até porque conversar é tarefa impossível, tamanha a potência das caixas.

"Não sei dançar esse tipo de música" é uma desculpa que não cola: o ritmo te leva fácil. E não se preocupe em se sentir deslocado: a festa não é só garotos-carecas-de-costeleta-suéter-e-camisa e garotas-de-franja-curta. Lá tem desde o típico dreadlock até os mais arrumadinhos, de todas as idades, em grupos de cinco pessoas, duplas, casais ou até mesmo sozinhos, todos curtindo o som numa boníssima.

As primeiras três horas de discotecagem do Jurassic Sound System foram seguidas pelo show da banda Ba-Boom, um mix de música jamaicana e brasileira. Não sabemos se foi o cansaço ou um bode repentino, mas abandonamos a apresentação no início pra ouvir o dub que rolava em outro ambiente, perto do fumódromo. Ali o som era mais baixo e já dava para ouvir os próprios pensamentos, além dos alheios. No meio de uma conversa, alguém dispara: “você nunca vai me ver brigar na vida”. Acreditamos e sorrimos sem perceber.

A segunda pista era minúscula e estava lotadérrima, mas não rolava disputa de espaço. Um emblema do Corinthians balançava no peito de alguém, bem perto de um são-paulino que entrava no recinto. Voltamos para o show da Ba-Boom, que ficou mais animado, provavelmente pelas pitadas de ska das músicas que eles tocaram no fim da apresentação. A vontade é de que a festa e toda a galera fosse transportada para uma praia. Olhando ao redor, a sensação é de que todo mundo ali é amigo de longa data. Mesmo no escuro, olhares se encontram e trocam sorrisos cúmplices.

Quando pensávamos que a festa tinha miado, o Jurassic Sound System voltou ao comando para alegrar nossos corações. E com eles não tem frescura de colar o final de uma música no início da outra, não: as faixas são trocadas na hora em que eles bem entendem. Jurássico comanda a mesa de som e faz comentários a cada pausa, como se estivesse em casa mostrando sua coleção de vinis aos convidados. O público ouve atentamente, esperando pela próxima canção, até a batida recomeçar e os pés se ajustarem ao ritmo. Procure cantar junto (nem que disfarçando), pois quando você menos espera, o volume é baixado para que o coro da galera ecoe na pista (ou seria no dancehall?).

Lá pelas 5 e tantas da manhã, o ritmo jamaicano deu lugar a um samba rock de primeira, sempre nas mãos dos meninos da Y&M. Quando olhamos pra trás e vimos um céu claríssimo, nos tocamos de que era hora de ir embora.

Se você estiver cansado do tunts-tunts que domina as baladas de São Paulo e quiser ouvir raridades de primeira, ou se é daqueles que dança como se ninguém tivesse te assistindo, fique na cola desses caras. Nós já estamos.