20 de nov. de 2009

Sacolé do saradão das frutas - Enfim, a Jamaica Carioca

A semana foi de pedrada na nuca sem descanso, e mesmo assim emendamos um final de semana agitado. A Jamaica Paulistana ainda tenta se ajustar ao fuso horário de São Paulo. Bem, se não ao fuso horário, estamos ainda lutando contra a vontade de chiar no plural como nossos brothers bronzeados. Mas não tem jeito, esse post tem um sotaque diferente, então acione o seu carioquêix, lék!

Os preparativos para a trip ao Rio de Janeiro com a Y&M começaram no sábado de manhã, e o ponto de encontro do bonde foi a casa do Sono. Pouco a pouco (bota pouco a pouco nisso, né, Greg?) todos chegaram.
Fomos oficialmente apresentadas à futura Sra. Jurássico, Débora, que acompanhou o noivo. Nós também arrastamos três amigos, moços de outro blog interessados no projeto da Jamboree, que fizeram um trabalho legal cobrindo e filmando a festa (atenção, isso é uma indireta. Queremos conferir as filmagens. Logo).

Todos prontos, hora de pegar estrada. O calor experimentado na última Jamaican Backyard não foi nada comparado ao que seria o Rio. A chapa esquentou mesmo, para terror dos habitantes da terra da garoa, e a noite chegou trazendo pouco alívio. Debaixo dos arcos da Lapa, o termômetro marcava 30 graus e nenhum vento amigo soprava do céu limpo e sem lua.

A festa, marcada para começar às 23h, ainda estava tímida – em número de público e animação – mesmo depois da meia-noite. Muitos preferiram ficar na área externa da casa, que, por incrível que pareça, estava mais abafada do que dentro, onde o VentiSilva jumbo/tamanho família fazia hora extra. Foi exatamente debaixo dele que elegemos nosso cantinho preferido da pista.


Sono e Jurássico mandando bala, lék! Só seleçõex maneirax, sacolé?

Jurassic e Bangarang dividiram o comando do som em um esquema de revezamento 4/4 meia hora pra cada. Não era preciso olhar a vitrola para ver de quem era a vez: os caras da Bangarang não cortavam as músicas e não falavam tanto ao microfone. A cada meia hora que o Jurassic Sound System assumia, a pista ficava menor e o VentiSilva mais disputado. Sono cuidava da inserção cuidadosa de cada disco na vitrola e Greg e Luis ajudavam na seleção dos próximos sons.


Greg e Luis à procura dos próximos sons e Sono (ao fundo) só na curtição - foto chupinhada carinhosamente do Flickr dos rapazes

Mesmo sendo responsável por chamar a galera pra dançar, teve gente que não curtiu muito o estilo de nosso amigo Jurássico, dizendo que 15 reais não são válidos pra ouvir músicas cortadas e gente falando demais. Bom, a gente não pensa assim, mas deixemos cada um com a sua opção microfonática estilística em paz.

Com um estilo diferente, os cariocas da Bangarang nos conquistaram mandando uma de nossas preferidas (e acreditamos que da maioria, porque a pista ferveu): 54-46 Was My Number, de Toots & The Maytals. POW! E também mandaram bem selecionando Jamaican Ska, de Byron Lee. POW!


Sleepa selections - finas!

Com certeza seremos muito injustas citando as melhores seleções, mas a gente lembra da dobradinha rocksteady suffering I Need Your Loving, do Gaylads, e If You See Jane, do Yardbrooms, Girl I've Got a Date e Rock Steady, de Alton Ellis. Destaque pro Jamaican Backyard revival quando tocou Don't let me down na voz de Marcia Griffiths. No, they neva let us down. POW!

Lá pelas quatro horas da matina, Nathalie seguia firme e forte em frente ao VentiSilva da pista e Juliana já tinha voltado da jogada de conversa fora com Greg, Sono e Luis. Contudo, tivemos que cortar a animação devido ao bode repentino dos moços que nos acompanhavam. Da próxima a gente promete chegar antes do som começar e ir embora só quando ele for desligado.

Combinamos com a Y&M de nos topar em Ipanema no domingo, mas acabamos nos desencontrando. Antes de ir embora, tentamos honrar nossa condição de turistas fazendo algumas imagens do Cristo Redentor, mas o lék tava de brinks com a nossa cara: se escondeu atrás de nuvens densas, apareceu de novo e se escondeu mais uma vez. Decidimos partir para São Paulo antes que o céu carioca desabasse sobre nossas cabeças.

E foi isso. Depois de mais de doze horas de estrada, entre ida e volta, noites mal dormidas e muito, mais muito calor, podemos afirmar que literalmente suamos a camisa pelo nosso trabalho. O que a gente não faz pelo Jurassic Sound System? É algo a se pensar. Apesar do cansaço físico e mental, tudo compensa pela simpatia que Sono, Greg, Jurássico e Luis sempre nos dispensam, e a gratidão que demonstram pela nossa singela perseguição. Isso que a gente nem começou ainda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário